A alta nos últimos tempos no preço do etanol e da gasolina fez com que muita gente migrasse para o kit de gás natural veicular (GNV), que é geralmente bem mais em conta. Contudo, uma explosão no final do mês passado, que matou um homem de 67 anos enquanto fazia o abastecimento do gás, trouxe novamente uma preocupação para os motoristas que utilizam o sistema de gás natural veicular no Brasil.
Pensando nisso, fizemos um passo a passo com alguns cuidados que você precisa ter na hora de instalar seu kit GNV com segurança. Mas antes, vamos conhecer melhor esse combustível.
Conhecendo o GNV
O gás natural veicular é um dos mais seguros, mais limpos e menos tóxicos entre os combustíveis. Proveniente da extração de petróleo e de certos minerais, ele é encanado e distribuído diretamente para os postos, dificultando a adulteração. Além de ser ecologicamente correto, geralmente ele é mais barato que os outros combustíveis e é vendido em metros cúbicos (m³).
O gás natural é muito leve e necessita ser comprimido a pressão de 200 a 220 bar (kgf/cm²), segundo a ANP, e armazenado em cilindros de aço, com 8 mm de espessura, sem emendas nem soldas, sendo resistente a choques e colisões. Esses cilindros estão sujeitos a testes rigorosos, estabelecidos por normas técnicas, certificados por organismos de certificação de produtos (OCPs) credenciados pelo Inmetro. Eles, geralmente, são instalados no porta-malas do veículo.
Passo a passo para uma Instalação Segura do GNV
Para adaptar um veículo para o uso do gás natural veicular, deve-se solicitar autorização prévia do órgão de trânsito local (Detran). Somente com essa autorização é que o proprietário pode fazer a instalação.
O sistema de GNV a ser instalado deve possuir tecnologia compatível com o veículo, de modo que seja respeitado o patamar tecnológico do veículo. A instalação do sistema de GNV deve ser realizada apenas por oficinas registradas junto ao Inmetro. Ao ser realizada a instalação, exija do instalador a nota fiscal do serviço e do kit com a discriminação de todos os componentes instalados, que precisam ser certificados (devem possuir o selo inmetro). Dentre os itens que precisam ser certificados estão: válvula de cilindro; válvula de abastecimento; tubo de alta pressão e suas conexões; indicador de pressão; redutor de pressão; suporte de cilindro; dentre outros.
Concluída a instalação, está na hora da inspeção. A inspeção veicular é um exame técnico que tem por objetivo verificar se o veículo está aprovado ou não para circular nas vias públicas. Ela deve ser realizada por um Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) – ou Instituição Técnica Licenciada (ITL) – para validar o equipamento que foi colocado no automóvel.
Uma vez aprovado, será emitido o Certificado de Segurança Veicular (CSV), que atesta que o veículo está seguro, bem como o selo GNV. Este selo deve ser portado pelo proprietário ou condutor, podendo o mesmo fixá-lo no para-brisas do veículo, de forma a ser visualizado em ambos os lados. Com o CSV em mãos, o passo seguinte é fazer a vistoria no veículo no órgão de trânsito local para legalizar a modificação. Com todas essas etapas concluídas, será emitido um novo CRV (Certificado de Registro de Veículo).
LEmbretes
Os veículos adaptados para rodar com GNV precisam refazer a inspeção para emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV) a cada 12 (doze) meses, a partir da data de suas instalações. Como a validade do selo GNV é a mesma do CSV, o proprietário paga pela inspeção e automaticamente recebe também o selo.
Lembramos ainda que o cilindro para armazenamento de GNV além de ser certificado compulsoriamente, deve ser requalificado a cada 5 (cinco) anos, a partir de sua data de fabricação, ou quando necessário, sempre em requalificadores registrados pelo Inmetro.
Importância da certificação
Vimos nessa matéria que o cilindro, bem como todos os outros componentes do sistema para gás natural veicular devem ser certificados. Isso porque a certificação é uma garantia de que o produto atende a certos requisitos de Segurança, Desempenho, Saúde e Meio Ambiente. Ela atua como um indicador de que os produtos são seguros e confiáveis.
Não arrisque sua vida e de outras pessoas. Assim como os componentes do GNV, brinquedos, mamadeiras, materiais escolares, eletrodomésticos, componentes automotivos, panelas, arla 32, e vários outros também precisam ser certificados. Entre os principais motivos para a certificação desses produtos está a segurança, principalmente aqueles destinados ao público infantil ou que possam causar algum risco ao usuário se estiverem fora da regulamentação.
Lembre-se: A certificação de produto com o selo Inmetro/BRICS é essencial para sua segurança e para a segurança de outros!
A BRICS Certificações está acreditada desde 2013 pela CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação – CGCRE/INMETRO), e desde então já certificou milhares de produtos, garantindo conformidade e segurança para os consumidores brasileiros. A lista de escopos atendidos pela BRICS pode ser consultada aqui, bem como suas Portarias aplicáveis.
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